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Sobre as verdadeiras dificuldades em amamentar




Amamentar não é difícil, mas definitivamente não é fácil. É quase um ato de resistência. E não, não estou falando sobre peitos inchados, pesados, rachados ou sangrando. Não estou falando sobre dificuldades na pega ou no bebê aprender a mamar. A questão é além. Tem algumas coisas que ninguém te conta sobre a dificuldade de se amamentar.



A primeira coisa é que amamentar demanda disponibilidade. Esquece tudo o que falam sobre o bebe mamar a cada 3h. Isso não funciona para todos. Você só se alimenta a cada três horas? Tem sede com hora marcada? O bebê também não. E é por isso que tantas mães seguem a livre demanda: o bebê solicita, a mãe dá. Mas isso significa estar disponível para o bebê o tempo inteiro. Estar por perto para acalenta-lo quando ele precisar do afeto do seio materno. Acoplar a criança no peito o dia inteiro para viver: isso implica em escrever com o bebê no peito, almoçar com o bebê no peito, ver TV com o bebê no peito, para muitas mães, dormir com o bebê no peito. Claro, se você tiver uma rede de apoio e alguém para cuidar do bebê nos intervalos - por mais que eles sejam menores do que as históricas três horas - você pode tentar ter uma ou outra refeição quente. Mas estar disponível para amamentação em livre demanda significa também em receber as visitas em casa com os peitos de fora. Eu brinco que quando você vira mãe, você perde qualquer vergonha. Você pode armar o esquema que for para não expor o seio - nossa cultura ainda não lida muito bem com amamentação, seio só pode ser exposto para nudez recreativa -, mas pode ser uma situação desconcertante dependendo da visita ou do ambiente.


Então entramos em outra questão: amamentar em público. Antes de pensar em vergonha ou exposição, deixa eu te contar uma coisa: você precisa de roupas para amamentar. Roupas que te deixem a vontade, deixem o bebê a vontade e que facilitem na hora de amamentar: que abram rapidamente, fechem rapidamente e não te deixem desconfortável. Ah sim, se você não for uma artista global, muito provavelmente você ainda estará inchada, acima do peso e esse cenário vai demorar um pouco para passar. Então precisa de roupas que você, além de tdo, caiba. Além disso, você terá que lidar com os olhares alheios. Olhares curiosos, olhares maliciosos, olhares de reprovação, olhares cúmplices, olhares de aprovação. Confesso que é um tanto estranho amamentar em público e alguém decidir passar a mão na cabeça do seu neném enquanto isso. Ou olhar de perto porque "gosta de ver o bebê mamar". Realmente é uma cena linda ver aquela mini boquinha abrindo e fechando enchendo a pancinha, mas não necessariamente você fica a vontade com as pessoas observando tão de perto. A gente quer que a amamentação seja algo natural, mas calma que algumas coisas na vida ainda têm certos limites ou distâncias.



Amamentar também implica em receber constantemente opiniões alheias. O bebê esta mamando demais. Está mamando de menos. Levanta ele depois de mamar. Deixa ele dormir depois de mamar. Amamente deitada, é melhor pra você. Amamente sentada, ele vai ter otite. Depois dos seis meses o leite não serve de mais nada. Você só vai amamentar por seis meses? O Ministério da Saúde manda 2 anos. Amamentar é coisa de quem não tem dinheiro pra comprar fórmula. Dá mamadeira pra ele dormir a noite toda. Ele ta chorando, é cólica. O que você comeu? Deixa de comer chocolate que faz mal pra ele. Não se estressa que passa pro leite. Descansa pra ter leite. Nossa, você não cuida do seu bebê o tempo todo? Que espécie de mãe você é que para pra descansar? Você tem que amamentar a cada 3h. Você tem que dar peito o tempo todo. Você tem. Você deve. Você não deve. Por que você faz isso? Você é uma péssima mãe.



A amamentação é uma das primeiras empreeitadas que uma mãe enfrenta nesse mundo. É chegar com os pés na porta na terra do "todo mundo sabe cuidar do seu filho, menos você". É hora de encontrar toda a calma que você não tem no mundo e está ocupada lidando com seus hormônios desconcertados do pós parto para fazer aquilo que a natureza nos preparou: alimentar e acalentar nossos filhos. Porque apesar de enfrentarmos o cansaço, os olhares, os pitacos ou qualquer outro obstáculo, nada paga esse momento. É o primeiro capítulo da maternidade que ficará pra sempre marcado em sua mente: aquele momento em que a solução de todos os problemas do seu filho se encontra no calor do seu peito, os olhares se encontram, o sorriso se desmancha e você sabe que está simplesmente fazendo o certo. Porque amamentar não é fácil, mas é muito bom!


Sobre o cansaço das mães






Deixa eu te contar um segredo: as mães cansam. Sim, elas cansam. Ao contrario do que diz o senso comum de que mães são super mulheres que resolvem todos os problemas e trabalham 24h por dia sem descanso, elas são seres humanos normais. E cansam. E querem dormir. Querem ir ao banheiro. Tomar um banho relaxante ou almoçar vendo TV. As mães cansam, mas ninguém deixa que elas sintam ou assumam isso.


É preciso ter mais empatia com as mães. Essa história de que ser mãe é padecer no Paraíso é lenda urbana que criaram para aumentar a carga materna e deixar que quem pariu Matheus que o embale. É preciso de uma aldeia para se criar uma criança, mas todos voltam para sua oca quando percebem que esse trabalho demanda dedicação. E a mãe está sempre lá. A mãe sempre está lá porque a natureza é sábia: fez os bebês fofos o suficiente para não terem um choro negado e os peitos espertos o bastante para encher de leite ao primeiro resmungo.


A mãe vai lá, com as olheiras, o cansaço físico e mental, a dor no corpo que nem sabe mais onde começa ou termina, a vontade de fugir de tudo (mas levar o filho junto). A mãe vai lá porque sabe que aquele bebê depende dela. A mãe vai lá porque ela aprende a assumir o seu papel. A mãe vai lá porque o amor é gigante. O cansaço também, mas o amor é mais.


A mãe vai lá porque apesar do corpo que não se sustenta mais e dos olhos que se fecham sozinhos com o neném mamando, ela não se sente no direito de descansar. Ela aprendeu que ela é capaz, que ela pode, todas sempre fizeram, por que ela não faria? Por que justo ela se cansaria? Sua avó conseguiu cuidar de cinco, sua mãe de três, ela há de dar conta de um. Maldito daquele que inventou que ser mãe é padecer no Paraíso. Ela respira, sorri e vai. Porque aquele ser tão bochechudo e tão frágil precisa dela. Aquele ser de sorriso fácil não sabe como veio parar nesse mundo e enxerga nela todo o seu universo. Ela cansa. O corpo dói. Mas aquele olhar com aqueles olhinhos curiosos e esbugalhados, cheios de amor por ela, compensa. Aquele olhar de quem não enxerga suas olheiras, seu cabelo desgrenhado, seu corpo disforme, suas estrias. Para aquele serzinho, ela é sinônimo da perfeição. E aquilo enche seu coração cansado de amor.


Então a mãe continua, dia apos dia. Não se sente no direito de reclamar. Não se sente no direito de descansar. Sente como quase se não tivesse mais direitos. Como se suas vontades de nada mais valesse. Como se fosse anulada como ser humano: ela não é mais uma mulher, ela é mãe. E ai dela se ousar reclamar. É ingrata. Não enxerga o presente que ganhou. Não sabe enfrentar a realidade. Bebês são lindos. O filho está saudável. Por que ela reclama?


Mas as mães precisam de aval pra descansar. Precisam de uma rede de apoio que esteja lá por elas. Que olhe o bebê, que cuide delas. Que permita que elas se reencontrem como mulher. Como ser humano. Que não deixe que elas se anulem. Que faça com que elas entendam que para cuidar bem do bebê, elas precisam se cuidar. Precisam de um pai presente. Uma mãe que ajude. Uma sogra que não julgue. Um avô que ouça. É preciso ter mais empatia pelas mães. Porque as mães, elas cansam. E o mundo não precisa transformar o seu pequeno paraíso em um castigo por causa disso.






Sobre o primeiro dia das mães com bebê na barriga





Dizem que o pai se torna pai quando a criança nasce. Alguns vão além: acreditam que os homens só percebem o sentimento de se tornarem pais quando a criança interage. Mas a mãe? A mãe não. Não importa o que se fale na sabedoria popular: a mãe se torna mãe quando o segundo risquinho aparece no teste de farmácia. É a partir daquele momento que ela percebe que a sua vida mudou e que ela não está mais sozinha.



Quando você confirma que está grávida, sua vida passa por uma extrema transformação. Você pode ainda não ter o bebê nos seus braços, mas você já atravessa todo o período de gestação sabendo como é viver colocando outro ser humano como prioridade, preocupando-se com o bem estar dele e querendo manter ele vivo. Afinal, a única pessoa que pode cuidar daquele serzinho em formação é você. Nada mais é igual. Você ainda não embala seu filho no colo, mas você passa a mão na sua barriga para fazer contato sempre que pode. Você ainda não vê as reações dele, mas conversa como se ele pudesse te responder a qualquer momento. Você se preocupa com cada sinal que seu corpo possa dar e fica atenta a qualquer mudança que possa te mostrar algo com o seu bebê. Você deixa de fazer coisas que você gosta, você evita situações, você lida apenas com aquilo que não possa prejudicar esse período.



Sua alimentação não é mais a mesma: você sabe que está nutrindo agora outra pessoa. Seus cuidados com a saúde não são mais os mesmo: você sabe que eles influenciam naquele ser em formação. Você tem medo de comer algo que possa fazer mal. Você tem medo de fazer algo que possa fazer mal. Você toma cuidados que não tomava anteriormente com a sua vida. Você presta atenção até na sua calma, já que não quer que qualquer tipo de estresse incomode o seu filho. Você tem medo, você tem culpa, você tem outras prioridades, você agora é mãe.



Enquanto o mundo ao seu redor se prepara para conhecer esse ser humaninho, você já o conhece como ninguém. Porque o primeiro contato dele é com você. Você sabe seus hábitos, quando ele reage, quando ele se move, quando ele chuta, quando ele cutuca. Seus pensamentos já não são mais os mesmos, já que seus planos e vontade passam automaticamente pelo aval imaginativo do seu filho. O seu corpo? Você já entregou. Você lida com mudanças, com dores, com incômodos.


Ele agora é a casa do seu filho e o que importa é que esteja cuidando dele bem. Depois você recupera o controle e ele volta a ser um corpo humano comum. Agora, ele é o forninho do ser mais especial que você imagina que o mundo possa vir a conhecer. E não tem estrias que te façam mudar de ideia quanto a isso.




A mãe nasce nove meses antes do filho, pois para que ele venha ao mundo, ela precisa se entregar e cuidar da sua chegada. Pai pode até ser pai quando o bebê nasce. Mas a mãe? A mãe sempre está a frente para proteger a criança de tudo o que ela pode, inclusive quando ele ainda é um neném em formação dentro da sua barriga. Porque o amor cresce com o passar do tempo, mas ele brota com a sua primeira preocupação com aquele girininho de meio milímetro com um coração batendo com seis semanas. E é isso que faz da mãe um ser tão especial. Alguém que se preocupa com a gente mesmo antes de nos olhar nos olhos só pode transmitir amor. 



 Feliz Dia das Mães para as mães em formação, que passarão essa primeira data especial com seus pequenos protegidos no ventre! <3

Sim, estamos grandes hahaahah



Sobre a magia das mães





Mãe é uma coisa mágica.


Quando a gente nasce, ela é todo o nosso mundo.
Quando a gente é criança, ela é nossa super-heroína.
Mas a situação fica mais interessante quando a gente cresce: ela vira humana.


E mãe humana é uma coisa quase difícil de entender. Ninguém nunca irá tirar da nossa cabeça que nossa mãe é nosso mundo e uma super-heroína. Não importa onde você esteja e com quantos anos você esteja, mas sua mãe sempre vai parecer ser e ter a solução de todos os problemas da humanidade. A gente não assume, a gente não dá o braço a torcer, a gente puxou aquele orgulho dela de não assumir a verdade dos outros, mas não importa o quanto tempo passe, a gente sempre precisa da nossa mãe. Mesmo não precisando.


Quando você cresce, descobre que sua mãe tem falhas. Sim, ela erra. Ela é um ser humano e comete erros. Alguns erros podem nos atingir, outros atingem ela mesma e esse é o mais difícil de todos. Porque quando percebemos a fragilidade das mães, queremos protegê-las como se elas fossem um pedaço de nós, e não nós um pedaço delas. Nossas mães não podem sofrer. Ninguém, nem elas mesmas, podem fazer ela sofrer. Aquele instinto protetor que ela tanto usou na gente floresce e queremos devolver de alguma forma. Ficamos bravos, brigamos, e queremos que nossa mãe fique bem. Porque a gente entra em choque quando descobrimos que nossa mãe é humana. Não é fácil lidar com esse fato novo na vida adulta. A mãe, uma pessoa normal? Cadê os poderes dela? Afinal, descobrindo que a mãe é humana, descobrimos que ela não dura para sempre. E essa é uma das maiores infelicidades dessa vida. E então começam as preocupações. Mãe, você tá comendo direito? Mãe, tá fazendo exercício? Mãe, foi no médico que eu marquei pra você? Mãe, a senhora está dormindo bem? A gente se preocupa, porque a gente tem medo. O medo que nossa mãe tinha de nos perder no supermercado é o medo que a gente tem de perder ela desse mundo. Porque a gente não quer ficar sem o nosso mundo.


Quando você cresce, você descobre as semelhanças. Você descobre que virou um espelho da sua mãe. Se vê dirigindo, cozinhando, trabalhando e comendo como você observava sua mãe fazer. Você aprendeu com ela, você virou ela. Em uma versão mais aprimorada. Com toques do seu pai. E falhas do seu indivíduo. Toda versão tem algum bug! Você reclama de ações dela que você repete dali a cinco segundos com a sua família, no trabalho, com amigos. Porque você não puxou só os olhos e a capacidade de persuasão da sua mãe. Você puxou a teimosia e outros tantos defeitos que você nem percebe que são defeitos.


Você passa a ter mais empatia pela sua mãe. Você, que aos 28 anos se acha uma pós-adolescente incapacitada de manter uma flor viva, lembra que na mesma idade a sua mãe cuidava de duas filhas, um passarinho, um cachorro e uma casa. E sobreviveu. E devia cansar. E devia ter suas dúvidas. E seus medos. E suas angústias. E quantas vezes ela não se perguntou se estava fazendo o certo? Quantas vezes ela não duvidou da própria capacidade? Quantas vezes ela não sentiu o peso da responsabilidade? Como ela conseguiu? Mas ela sobreviveu. Ela enfrentou. Ela teve forças e não baixou a guarda. Porque mães são mágicas. Super-heroínas capazes de proteger o mundo do filho no olho de um furacão sem demonstrar qualquer arranhão. E você sente empatia. Você se sente grata. Você sente muito por não demonstrar sempre a importância dela no seu mundo. Mas é que você não percebia. E hoje pensa o que poderia ter feito para mostrar para sua mãe que sim, ela fez um bom trabalho. Sim, ela estava no caminho certo. Sim, ela tem poderes mágicos e uma capacidade que não sei se um dia eu também terei. Será que ela sabe a importância dela? Será que ela sabe o impacto dela? Será?


Porque mães são humanas e precisam de carinho. Precisam de feedback. Precisam de um tapinha nas costas para saber que fizeram tudo certo. E fizeram. E fazem. Porque desde os primórdios, as mães são mães. As mães têm dúvidas, mas as mães sabem. As mães têm medos, mas as mães sentem além dos cinco sentidos. As mães falham, mas na tentativa de acertar. E as mães amam mais do que qualquer texto poderia explicar. Porque as mães são mágicas. E super-heroínas. E humanas. E não sei como elas conseguem. Mas conseguem.


Feliz dia das mães!


nota: texto dedicado inteiramente à minha mãe linda, tão presente na minha vida, inspiração para que eu seja cada vez melhor naquilo que posso ser, musa inspiradora dessas palavras e dona da sopa de legumes que cura qualquer doença.






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