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Sobre o primeiro dia das mães com bebê na barriga





Dizem que o pai se torna pai quando a criança nasce. Alguns vão além: acreditam que os homens só percebem o sentimento de se tornarem pais quando a criança interage. Mas a mãe? A mãe não. Não importa o que se fale na sabedoria popular: a mãe se torna mãe quando o segundo risquinho aparece no teste de farmácia. É a partir daquele momento que ela percebe que a sua vida mudou e que ela não está mais sozinha.



Quando você confirma que está grávida, sua vida passa por uma extrema transformação. Você pode ainda não ter o bebê nos seus braços, mas você já atravessa todo o período de gestação sabendo como é viver colocando outro ser humano como prioridade, preocupando-se com o bem estar dele e querendo manter ele vivo. Afinal, a única pessoa que pode cuidar daquele serzinho em formação é você. Nada mais é igual. Você ainda não embala seu filho no colo, mas você passa a mão na sua barriga para fazer contato sempre que pode. Você ainda não vê as reações dele, mas conversa como se ele pudesse te responder a qualquer momento. Você se preocupa com cada sinal que seu corpo possa dar e fica atenta a qualquer mudança que possa te mostrar algo com o seu bebê. Você deixa de fazer coisas que você gosta, você evita situações, você lida apenas com aquilo que não possa prejudicar esse período.



Sua alimentação não é mais a mesma: você sabe que está nutrindo agora outra pessoa. Seus cuidados com a saúde não são mais os mesmo: você sabe que eles influenciam naquele ser em formação. Você tem medo de comer algo que possa fazer mal. Você tem medo de fazer algo que possa fazer mal. Você toma cuidados que não tomava anteriormente com a sua vida. Você presta atenção até na sua calma, já que não quer que qualquer tipo de estresse incomode o seu filho. Você tem medo, você tem culpa, você tem outras prioridades, você agora é mãe.



Enquanto o mundo ao seu redor se prepara para conhecer esse ser humaninho, você já o conhece como ninguém. Porque o primeiro contato dele é com você. Você sabe seus hábitos, quando ele reage, quando ele se move, quando ele chuta, quando ele cutuca. Seus pensamentos já não são mais os mesmos, já que seus planos e vontade passam automaticamente pelo aval imaginativo do seu filho. O seu corpo? Você já entregou. Você lida com mudanças, com dores, com incômodos.


Ele agora é a casa do seu filho e o que importa é que esteja cuidando dele bem. Depois você recupera o controle e ele volta a ser um corpo humano comum. Agora, ele é o forninho do ser mais especial que você imagina que o mundo possa vir a conhecer. E não tem estrias que te façam mudar de ideia quanto a isso.




A mãe nasce nove meses antes do filho, pois para que ele venha ao mundo, ela precisa se entregar e cuidar da sua chegada. Pai pode até ser pai quando o bebê nasce. Mas a mãe? A mãe sempre está a frente para proteger a criança de tudo o que ela pode, inclusive quando ele ainda é um neném em formação dentro da sua barriga. Porque o amor cresce com o passar do tempo, mas ele brota com a sua primeira preocupação com aquele girininho de meio milímetro com um coração batendo com seis semanas. E é isso que faz da mãe um ser tão especial. Alguém que se preocupa com a gente mesmo antes de nos olhar nos olhos só pode transmitir amor. 



 Feliz Dia das Mães para as mães em formação, que passarão essa primeira data especial com seus pequenos protegidos no ventre! <3

Sim, estamos grandes hahaahah



Sobre contar para os outros sobre a gravidez



Quando a gente descobre que está grávida, a gente entra numa vibe um pouco engraçada e confusa. Um misto de quero-sair-gritando-na-rua-que-tem-um-bebe-dentro-de-mim com vou-proteger-esse-nenem-com-todas-as-minhas-forças. Algo do tipo: você  quer contar para todo mundo, mas você tem medo. Tem medo das reações - de se decepcionar, porque você espera que todo mundo fique feliz com uma nova vida -, medo das dificuldades do início de gravidez, medo de não lidar com os pitacos e medo até de coisas sobrenaturais e energias alheias. A gente pira. Você sabe que aquele momento de "segredinho" é o único momento da vida do seu filho no qual você está protegendo ele do mundo. Mas ao mesmo tempo, você está tão feliz com a novidade que quer mais é sair gritando na rua estou grávida, estou grávida, larilarala.




Você planeja um trilhão de jeitos de contar para as pessoas importantes. Compra roupinhas de criança, escreve cartinha, prepara discurso, mas na hora as coisas funcionam como a emoção manda. Aqui, a tática foi as roupinhas de criança: ganhou o pai, os avós e tia materna e os avós e tia paternos. Tudo no Natal.  Abrir o pacotinho e dar de cara com aquele pequeno pedaço de pano que cobrirá um ser em formação já faz cair a ficha de todo mundo. Cair ficha, cair lágrimas, jorrar amor. Aqueles momentos que você nunca irá tirar da memória. Nem o seu nervosismo antes de contar, nem a alegria após o recebimento da notícia. É como se a vida se transformasse e todos ganhassem um novo capítulo em sua existência. E caso a memória escape, tem aí a tecnologia com os vídeos gravados para nos socorrer.



Você espera os momentos de "segurança": vou esperar o primeiro ultrassom. Vou esperar ouvir o coraçãozinho. Vou esperar a barriga aparecer. Vou esperar o morfológico. Vou esperar as 12 semanas. Vou esperar as 16 semanas. Então você vai descobrindo que cada etapa da gravidez tem um novo desafio, e se você esperar passar por todos, vai contar com o bebê nos braços na maternidade. Começa a selecionar: obviamente o pai é o primeiro a saber, afinal, metade dele está crescendo em você. Os avós que tanto te pentelhavam pela continuação da prole, vão saber após ouvir o coração. Os amigos após as 12 semanas. O resto da humanidade quando o coração (da mãe, do pai e do bebê que já está acelerado) permitir.



Então você conta. Você conta e percebe que já deveria ter contado antes. Porque as reações são mais maravilhosas do que você esperava. As pessoas ainda têm a capacidade de ficar feliz com a felicidade alheia. As pessoas emanam energia positiva, torcem por essa nova vida, ficam contentes com a renovação da vida. O tempo começa a passar e você percebe que o seu segredinho dividido com as pessoas que você gosta continua sendo especial. É como se o seu bebê recebesse toda aquele amor em forma de energia. Até contar na internet - o novo jeito de dividir a gravidez com a humanidade - torna-se especial. Porque pessoas que participaram da sua vida com o passar dos anos e torceram por você de alguma forma podem voltar a participar. Então é mais energia, é mais amor, é mais positividade para o bebê. Claro, são mais pitacos, mais sugestões e mais opiniões que você, domada por hormônios, nem sempre consegue lidar. Mas focar no bônus da situação faz o ônus só aparecer em momentos de estresse. E ainda vale mais a pena sair gritando na rua que está grávida do que se recolher em casa protegendo seu ventre como se ele fosse trancado a sete chaves. Afinal, se você cria um filho para o mundo, é preciso dividir essa experiência com ele. Das energias, Deus, o Universo e tudo aquilo que você acredita cuidam. 



Sobre a decisão de se colocar uma criança nesse mundo



Eu não sei dizer exatamente quando a gente decide trazer uma criança ao mundo. Nem quando a gente percebe - ou acha que percebe - que está pronto para educar outro ser humano. A gente coloca prazos, limites, condições e expectativas na nossa vida que não necessariamente significam alguma coisa. Talvez seja para nos sentirmos mais seguros, sei lá. "Vou ter filho depois dos 30". "Preciso viajar para tal e tal lugar". "Tenho que fazer três pós-graduações antes". No fundo a gente sabe que filho não é limitador assim e que você continua vivendo depois de tê-lo. As prioridades mudam, mas você pode ter a sua vida, somente organizada de um outro jeito. Mas talvez seja esse nosso egoísmo e essa nossa necessidade de nos colocarmos como prioridade que nos faz pensar tanto em ter um bebê.



Aqui levamos 12 anos. Foram 12 anos sabendo que um dia esse dia chegaria, sabendo que teríamos um rebento correndo pela casa, construindo uma relação que se transformaria oficialmente em uma família um dia. Foram 12 anos vivendo, conhecendo lugares, pessoas, festas, músicas, comidas, guardando dinheiro, gastando dinheiro, investindo no futuro, com medo do futuro, fazendo planos, mudando planos, mantendo planos. Doze anos e a decisão foi oficializada em uma conversa de menos de cinco minutos. Porque quando se divide tanto da sua vida com alguém, as decisões são mais fáceis do que se parecem no campo das ideias. No fundo tudo é bem simples, nós temos a triste mania de complicar.



Eu costumo enxergar a vida como um vídeo-game. Acho que enfrentamos novas fases, desafios, armadilhas, recebemos alguns prêmios, coletamos moedinhas e ups, tudo para evoluir e chegar na próxima etapa. Não sei se alguma hora resgataremos uma princesa no castelo ou enfrentaremos um poderoso chefão, mas a cada fase estamos mais fortes e preparados para o desafio que vem a seguir. Claro, tem os que usam atalhos para vencer os desafios, que pulam fases, que desistem no primeiro cano aberto, mas é importante não ficar preso sempre na mesma fase e aprender as lições para não cair nas mesmas armadilhas. Assim, nos fortalecemos e não há chefão que nos trave. 



Há alguma coisa na relação a dois que faz com que a gente saiba que chegou a hora. Talvez sejam as lições aprendidas nas outras etapas. Talvez seja a maturidade. Talvez seja o companheirismo. Mas você chega naquele momento em que sabe que um bebê não atrapalharia em nada a vida de vocês. Você sabe que não significa que lhes falte algo, e sim simplesmente que irá chegar alguém que já fazia parte dessa relação. Porque assim como não devemos tentar nos completar com um parceiro, não devemos colocar todas as nossas expectativas em um filho. Um filho vem para somar, vem para te propor novos desafios, para lhe trazer novas lições. Ele não deve ser um empecilho, ele não deve ser a resposta dos seus problemas. É algo tão natural que ele está apenas ocupando um espaço que desde sempre esteve preparado para ele. E toda essa naturalidade e amor que foram criados com o passar dos anos faz com que aqueles dois risquinhos no palito se tornem a confirmação de algo que você já sabia: chegou a hora dele chegar na vida de vocês!



A partir de hoje irei dividir com vocês posts sobre a gestação e a maternidade. Dúvidas, reflexões, piadas - por que não? - e tudo que permeia esse novo mundinho que eu entrei. Aqui e no instagram (debaixodoguardachuva). Gritem por sugestões e vamos passar por essa nova etapa juntos! :)


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